O que é Re-Fi?

As Finanças Regenerativas, também conhecidas como ReFi, surgem como um movimento inovador, adotando uma abordagem holística das finanças e focando em critérios de investimento mais abrangentes, englobando aspectos Ambientais, Sociais e de Governança (ESG) para determinar o valor do investimento. O ecossistema das finanças regenerativas busca promover mudanças nos modelos produtivos e econômicos, visando torná-los mais sustentáveis por meio de ferramentas e incentivos.

A base teórica das ReFi encontra-se nas obras de Humberto Maturana e John Fullerton. Maturana introduziu o conceito de autopoiesis, que descreve os processos internos de criação e manutenção presentes nos seres vivos. A partir dessa ideia, surge a proposta de impulsionar iniciativas que visam regenerar os espaços e os processos necessários para a continuidade da vida no planeta. Por sua vez, Fullerton, um gestor financeiro, propõe a transição para arranjos econômicos mais sustentáveis por meio de novos modelos de financiamento.

As blockchains são redes descentralizadas com registros imutáveis, dispensando a necessidade de confiança em uma pessoa ou instituição para validar transações, graças à própria tecnologia que as sustenta, com seus protocolos transparentes e públicos. Essas características são fundamentais para o movimento ReFi, uma vez que permitem a criação de registros que avaliam o comportamento ecológico das empresas. Além disso, as tecnologias de tokenização e validação da blockchain possibilitam o desenvolvimento e a implementação de incentivos para a comunidades e proprietários de zonas de preservação.

O objetivo central das finanças regenerativas é utilizar o dinheiro de forma comunitária, por meio das finanças descentralizadas, para gerar valor coletivo que aprimore a qualidade de vida de toda a comunidade ou de segmentos carentes. Esse valor não se limita ao aspecto monetário, uma vez que as finanças regenerativas possuem uma visão abrangente dos processos econômicos, sociais, culturais e ambientais. A intenção é promover uma cultura e um sistema econômico nos quais empresas, fundos, indústrias, indivíduos e grupos concentrem seus esforços em decisões de negócios, investimentos ou desenvolvimentos que tenham um impacto positivo no meio ambiente e no bem comum.

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